O clareamento é feito de produtos que contêm peróxido de hidrogênio, o mesmo elemento da água oxigenada. Ele é absorvido pelo esmalte dentário e chega à dentina, a parte que dá cor aos dentes. Quanto maior a concentração do produto, maior o poder de clareamento.
O paciente quando busca o tratamento por conta própria, coloca em risco a saúde de seus dentes, pois estes cremes dentais, anti-sépticos bucais e placas de gel, entre outros, são exemplos de produtos que são vendidos nas farmácias e apresentam, em geral, baixa concentração do gel clareador, eliminando, assim, algumas etapas que são importantes para o tratamento. Com isso, o acompanhamento de um profissional especializado se torna dispensável, o que confere à técnica menos segurança por ser realizada sem uma supervisão especializada adequada.
O diagnóstico inicial feito pelo cirurgião-dentista é uma das peças chave para o sucesso do tratamento, pois é nesse momento que serão observados a existência de achados importantes que podem levar ao sucesso ou comprometer definitivamente a eficácia do procedimento.
A causa da alteração de cor ou presença de mancha localizada no elemento dental deve ser muito bem reconhecida pelo Cirurgião-Dentista, pois é neste momento que ele será capaz de dizer se é de origem genética ou de origem do meio externo. Ademais, o profissional no ato do exame clínico, deverá estar atento quanto aos achados bucais que envolvam desgastes dentários, trincas, restaurações comprometidas, condição periodontal, cáries, além dos hábitos de cada paciente, a fim de tomar as medidas necessárias para que não se tornem fatores limitantes para o sucesso do tratamento.
Também, outro ingrediente importante do clareamento dentário é o critério. Quem compra o produto na farmácia, precisa seguir estritamente as instruções da embalagem. Mas o melhor é sempre contar com a orientação de um profissional. Os dentes de cada pessoa têm características individuais e estas diferenças precisam ser consideradas na hora do tratamento. O maior problema é que o uso indevido pode estragar todos os dentes de uma vez só.
A cirurgiã-dentista Drª Renata Freitas Rêgo, especialista em Dentística, pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FORP/USP) e atua na Victa na área de “Estética do Sorriso”, elogia os efeitos do clareamento, mas lembra que o clareamento deve ser tratado como medicação, e não como cosmético.
A busca incessante por dentes brancos tem levado muitos pacientes a realizar técnicas de clareamento de forma errônea, uma vez que o mercado tem disponibilizado produtos sem a necessidade de prescrição, que, aliada à utilização indevida, podem mudar significantemente a aparência dos dentes. Quando mal indicado e/ou utilizado de maneira incorreta, pode provocar além de sensibilidade, inflamação gengival, e se ultrapassar muito o tempo de uso do agente clareador a estrutura dentária começa a desnaturar, provocando o enfraquecimento do elemento dental.